Diretor da ANM anuncia plano de melhorias de até R$ 25 milhões para a modernização de processos

Diretor-Geral da ANM, Victor Hugo Froner Bicca, anuncia que os investimentos de até R$ 25 milhões para modernizar processos, transformando-os em eletrônicos vão revolucionar o auxílio na averiguação desses processos; Agência informa que está recebendo suporte internacional de países como Holanda, Suécia e Estados Unidos para a qualificação dos envolvidos.

 

O Diretor-Geral da ANM, Victor Hugo Froner Bicca, ressaltou em sua palestra que a Agência está passando por modificações. “Este ano, estamos implementando mudanças profundas e esse é nosso maior desafio. As dificuldades já eram grandes antes da tragédia de Brumadinho e temos agora a perspectiva de trabalhar nosso planejamento para aprimorar a agência dentro de cinco ou seis anos, pois temos que levar em conta também o congelamento dos gastos que comprometem a implementação das nossas ações”, explica.  O congelamento do orçamento disponibilizado para a ANM provocou mudanças no planejamento da implementação do processo de transição. Nesse período, a ANM irá priorizar a agenda regulatória e avaliação do impacto regulatório, modernizará o acesso, transformando-o em eletrônico para facilitar o acompanhamento dos processos, o que exigirá um investimento de R$ 22 a R$ 25 milhões. Segundo Bicca, “essa é uma revolução para o auxílio na averiguação dos processos de acordo com a disponibilidade técnica. Um arquivo poderá ser analisado em qualquer lugar do Brasil, dessa forma, o usuário terá suas despesas reduzidas ao consultar os processos”, explica. As melhorias no monitoramento de barragens e a fiscalização feitas por satélite também são pautas da agência.

O diretor reforçou ainda a diversidade geológica do país e sua importância no desenvolvimento social e econômico dos brasileiros, mas frisou que sem investimentos na área tecnológica o país não irá aproveitar todo seu potencial. “Temos uma diversidade geológica invejável no mundo, que nos põem em uma condição privilegiada. A mineração vai onde as populações são mais oprimidas, ínvias, de difícil acesso, gerando desenvolvimento, inclusão social e riqueza. Temos muitas minas subterrâneas. Exploramos apenas o que nós vemos, ou seja, temos um potencial muito maior, mas se não investirmos em tecnologia, não vamos traduzir a potencialidade dessa riqueza”, afirmou o diretor.

Suporte internacional e mais diálogo

Victor também falou sobre o suporte internacional que a agência está recebendo de países como Holanda, Suécia e Estados Unidos na qualificação dos envolvidos. “Precisamos de modernização, qualificação e vamos agir com mais transparência e responsabilidade durante esse processo de transição”, conta. Ele enfatizou ainda a importância do conselho em todo este processo. “Somos cinco conselheiros e essa divergência de ideias nos permite o aprimoramento. Queremos escutar mais para errar menos, como o rei Salomão”, disse. O diretor relatou também sobre o relacionamento com o atual governo. “Nesses primeiros oito meses de governo, estamos tendo uma relação franca e sincera com o Ministro de Energia, uma relação muito boa para todo esse processo.